quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Eventos na Praça da Estação: este Blog apoia esta causa

No dia 10 de dezembro de 2009 a prefeitura de Belo Horizonte publicou um decreto proibindo eventos de qualquer natureza na Praça da Estação, a partir de 1º de janeiro de 2010.

A justificativa, apresentada no decreto 13.798/09 (do dia 09 de dezembro), é sustentada no artigo 31 da Lei Orgânica Municipal. O documento considera a dificuldade em limitar o número de pessoas e garantir a segurança pública nos eventos na Praça e ainda a depredação do patrimônio público – verificada em decorrência da realização dos últimos eventos.

A meu ver, a medida, apesar de respaldada pela lei, foi adotada sem prévio debate com a população da cidade.

Estudantes, artistas e agentes culturais criaram este blog a fim de promover debates e manifestações que possam promover a discussão da medida e fazer com que a postura do prefeito seja reconsiderada.



Participe do Protesto “Vá de Branco” em Prol dos eventos na Praça da Estação.

Mais informações nos links:

http://wwo.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2009/08/23/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=124180/em_noticia_interna.shtml

http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/minas/prefeitura-de-bh-proibe-eventos-na-praca-da-estac-o-1.50015

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Entre Maiores Montanhas

queridos, agora ando por estas terras aqui: http://danzateatrosantiago.blogspot.com/
É só bater toc toc!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Rebelión de los Muñecos - El Capote

Acontece, entre os dias 15 de agosto e 10 de setembro, em Santiago, o encontro Rebelión de los Muñecos, no qual 5 grupos que trabalham com teatro de formas animadas apresentam espetáculos, oficinas e debates junto ao público.

Hoje assisti ao espetáculo El Capote, adaptação feita pelo grupo Los Milagros para a obra de Gogol.
O trabalho é precioso. Em uma adaptação muito bem cuidada, a obra, que mescla a linguagem do teatro de bonecos com projeção audiovisual, cria uma atmosfera envolvente, delicada, e, por que não dizer – fria, já que é esse o ingrediente chave da história do escritor russo. Num espaço em que o frio que bate à porta se confunde com a frieza dos personagens que cercam a vida do sensível Akákievitch, a precisão dos movimentos realizados pelos manipuladores se encarregam de aquecer a caixa cênica diante dos olhos dos espectadores. A voz em off dos personagens, aliada à estética algo retrô da projeção audiovisual conseguem envolver o expectador em uma outra relação tempo-espaço, a qual, justamente por lhe parecer distante, lhe toca com mais sutileza e força.
Em outras palavras, tudo é construído para que o personagem seja visto como “o outro”: um homem comum, com uma existência comum em uma repartição não menos comum. Numa rotina escassa de recursos e de desejos, o último buraco que se abre na última parte ainda inteira do seu paletó leva-lhe a uma visita ao alfaiate. Este – mais um homem comum dentre tantos outros – informa-lhe que a única possibilidade para proteger-se daquele que seria o mais frio de todos os invernos seria encomendar um novo sobretudo.
A difícil decisão por sacrificar-se a fim conseguir pagar pela nova vestimenta faz de Akákievitch um novo homem: um homem que sonha. E se um homem que sonha é um homem que tudo pode, eis o momento em que personagem e expectador finalmente se encontram: ao se olhar no espelho trajado com a tão desejada roupa, Akákievitch coloca-se de frente para a platéia, fitando a todos, como se todos fôssemos um. E desde então, nada mais delicioso que ser o próprio Akákievitch a dançar com sua nova roupa, a quase perder-se em meio às próprias risadas. Ele agora é um homem que ri. Com roupas novas, somos desde então seres que se permitem o direito ao riso.
Mas eis que chega a roda viva, a outra mão de deus, ou a mesma mão dos homens, a lembrar-nos de que muito riso é sinal de pouco siso, e a luz que iluminou a existência de Akákievitch em forma de capote é brutalmente apagada em uma praça escura.
Akákievitch, abandonado, volta a ser somente um corpo, uma imagem: a morte nos transforma em imagem aos olhos do Criador. Abandonados, e ainda mais solitários (já não temos o amigo Akákievitch com quem compartilhar o desejo de noites mais quentes), voltemos às nossas casas, a ligar nossas estufas e a dormir o sono dos incautos, para, amanhã, cumprirmos com mais um dia comum.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Festival de Cenas Curtas Galpão Cine Horto

O Festival de Cenas Curtas Galpão Cine Horto é uma iniciativa ímpar e de grande êxito.
Tem sido o pontapé inicial para montagens de grande êxito no cenário teatral bh-minas-brasil. Como não citar a força doce de Por Elise, do Espanca... ou a sutileza de Para se morrer no meio fio, (meninos, voltem!). Só da última edição, por exemplo, surgiram os trabalhos Com uma Flor e um Cachorro, É só uma formalidade e também Av. Pindorama 171, escolhido pela comissão para, com o apoio institucional do Galpão Cine Horto, dar continuidade ao seu processo de investigação/criação a fim de se formatar como um espetáculo de duração "convencional", digamos.
Para além disso, em dez anos de existência, reafirma-se como um espaço fértil à investigação e à experimentação criativa. Os dados no blog comprovam: o longo dessa década de atividades, já foram mais de 150 cenas apresentadas, entre 1.000 inscrições de 12 estados do país.

Segue a programação deste ano:

Quinta a sábado, 21h Domingo, 19h
PREÇOS POPULARES

18 JUN | Quinta-feira

Boxe com palhaçada (Intercâmbio Manaus)
Direção coletiva | Manaus/AM

Malevolência
Direção Jonnatha Horta Fortes | BH/MG

5 cabeças a espera de um trem
Direção Byron O’Neill e Alexandre Cioletti | BH/MG

O caminho do cemitério
Direção coletiva | BH/MG

Para aqueles que lavaram as mãos
Direção Renato Bolelli Rebouças | SP/SP

19 JUN | Sexta-feira

Caixinha de lembranças
Direção Tião Vieira | BH/MG

Francisca
Direção Diego Molina | RJ/RJ

Corpo fechado
Direção Ricardo Gomes | BH/MG

Eu me vendo por muito menos do que você paga
Direção Conjunto Vazio | BH/MG

20 JUN | Sábado

Boxe com palhaçada (Intercâmbio Manaus)
Direção coletiva | Manaus/AM

Todos os Animais são iguais, mas alguns Animais são mais iguais que outros
Direção Luiz Carlos Garrocho | BH/MG

Dia de prova
Direção Mauro Zanatta | Curitiba/PR

A Mudança
Direção Francis Severino | BH/MG

Primavera
Direção Didi Peres | Ipatinga/MG

21 JUN | Domingo

Quando a energia acaba
Direção coletiva | BH/MG

O beijo
Direção coletiva | Curitiba/PR

Da solidão que há em nós
Direção João Filho | BH/MG

O sequestro...
Direção Yoshi Aguiar | Salvador/BA

O DIA SEGUINTE...

Participe do bate-papo com os artistas e convidados sobre as cenas apresentadas na noite anterior.
Dias 19, 20 e 21 JUN, sexta, sábado e domingo, de 15h às 17h.
Dia 22 JUN, segunda-feira, de 19h às 21h.
Na Sala de Cinema do Galpão Cine Horto.
ENTRADA FRANCA

BAR DO CENAS CURTAS
18 a 20 JUN | Quinta a Sábado, de 23h às 2h
ENTRADA FRANCA

FESTA DE ANIVERSÁRIO
21 JUN | Domingo, a partir de 21h
No Galpão Cine Horto
Ingressos: R$10

TEMPORADA DAS MAIS VOTADAS
De 25 a 28 JUN 2009
Programação disponível, a partir do dia 22 de junho, no site do Galpão Cine Horto.
PREÇOS POPULARES

Galpão Cine Horto
Rua Pitangui, 3.613 - Horto
INFO: (31) 3481-5580

Instituto Cervantes de BH convida para Mostra de Cinema

Clique na imagem para visualizar a programação.
ERRATA: A data da mostra foi alterada para os dias 17 e 19 de junho.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Aissh....
Depois de um mega tempo sem postar nada, escrevo um texto e.. perco =SSS

Desde Santiago de Chile, tenho muitos temas sobre os quais escrever:
Ramon Griffero - Colectivo de Danza La Vitrina - Teatro La Memoria - Espazo Nimiku - Augusto Boal - Pina Bausch - Dança Teatro - Danza Teatro - já tenho cama colchão e escrivaninha (yes!) - está quase pronta a casa de chá - etc - etc - etc.

Ou seja... Por ora, só promessas.

E, ainda por ora, e super importante:


Mais informações no Blog do Sérgio Amadeu

[esta postagem tem como fonte o Blog O Biscoito Fino e a Massa]

domingo, 19 de abril de 2009

I Mostra Mineira de Teatro do Oprimido

Imperdível!!!





Cenas de Teatro-Fórum e Teatro-Legislativo, apresentações Musicais,

Exposição da Estética do Oprimido, Lançamento da Revista METAXIS

Dias 24 e 25 de Abril / 2009

no Centro Cultural UFMG

(Av. Santos Dumont, 174 – Centro)

Entrada Franca

Informações: 3072-7944 / 9243-0758 (c/ Nuno)

9815-6964 (c/ Meire) ou toe...@gmail.com

Release:

O Teatro do Oprimido (T.O.) é criação do brasileiro Augusto Boal (indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2008, e eleito Embaixador Mundial do Teatro, pela Unesco, em 2009). Trata-se de uma Metodologia Estética, hoje praticada em mais de 70 países, que visa democratizar o acesso à produção cultural e, assim, dar vez e voz aos oprimidos para que possam lutar pelos seus direitos através da arte e do diálogo.

A I Mostra Mineira de Teatro do Oprimido é resultado final do projeto Teatro do Oprimido de Ponto a Ponto, que em parceria com o Ministério da Cultura – através do programa Cultura Viva – desde 2007 está difundindo o T.O. em 16 estados Brasileiros e em 2 países Africanos. O projeto formou multiplicadores de Teatro do Oprimido, que repassaram a metodologia em seus grupos locais, que por sua vez criaram cenas de Teatro-Fórum e produziram peças artísticas (pinturas, poesias, músicas, etc) através da “Estética do Oprimido”. (saiba mais: www.ctorio.org.br )

Programação:

Sexta-feira (24/4) 19h às 22h

Show Musical / Sessão de Teatro Legislativo /

Coquetel de Lançamento da Revista METAXIS /

Abertura da Exposição “A Estética do Oprimido”

Sábado (25) 19h às 22h

Show Musical / 2 Sessões de Teatro-Fórum /

Confraternização de Encerramento

Obs.: A exposição “ A Estética do Oprimido” ficará aberta de 24/04 a 21/05

Conexão Vivo


Super recomendo a Conexão Vivo edição 2009, que acontece entre os dias 17 e 26 de abril.
Confira a programação (shows, espetáculos performáticos e oficinas) no site do evento.
Chacal, Lirinha, Zé da Guiomar, Sandália de Prata, Kiko Klaus, Naná Vasconcelos, Falcatrua, John Ulhoa, Marina Machado, Samuel Rosa, Arrigo Barnabé, Flávio Venturini, Patrícia Ahmaral, Pedro Morais, Moska, Déa Trancoso, Flávio Henrique, Artur Andrés, Dudu Nicácio, Mestre Jonas e Riachão são alguns dos nomes que motram que tem muita coisa boa pra ver e ouvir!

de Peixes e Pássaros


A Cia Suspensa apresenta, nos dias 18/19 e 25/26 de abril seu novo espetáculo, dirigido por Tarcísio Ramos Homem e inspirado no universo dos quadros do artista surrealista Marc Chagall.

Vamos?

Serviço:
18 e 19 e 25 e 26 de abril, sábado e domingo, às 20 horas, no espaço cultural 104 (Praça Rui Barbosa, em frente à Praça da Estação, Centro).
Capacidade: 300 lugares.
Ingressos: R$ 12 e R$ 6.
Mais informações: (31) 3226.4698 / (31) 8634.6046


Sobre o espetáculo:
Matéria no Estado de Minas (Portal Uai)

sábado, 18 de abril de 2009

On the road...

How many roads must a man walk down
Before you call him a man?
Yes, 'n' how many seas must a white dove sail
Before she sleeps in the sand?
Yes, 'n' how many times must the cannon balls fly
Before they're forever banned?
The answer, my friend, is blowin' in the wind,
The answer is blowin' in the wind.

How many years can a mountain exist
Before it's washed to the sea?
Yes, 'n' how many years can some people exist
Before they're allowed to be free?
Yes, 'n' how many times can a man turn his head,
Pretending he just doesn't see?
The answer, my friend, is blowin' in the wind,
The answer is blowin' in the wind.

How many times must a man look up
Before he can see the sky?
Yes, 'n' how many ears must one man have
Before he can hear people cry?
Yes, 'n' how many deaths will it take till he knows
That too many people have died?
The answer, my friend, is blowin' in the wind,
The answer is blowin' in the wind.


Na estrada há 25 anos, o Grupo Camaleão estreou nessa semana o espetáculo "CONTINUE RETO, SEMPRE EM LINHA RETA! E VAI COM DEUS...". Com direção geral de Marjorie Quast e coreógrafa de Tuca Pinheiro, "Continue reto..." me pareceu ousado, complexo. E também delicado, humano - como o que geralmente se percebe nas criações do Tuca.
Fé, perseverança, imprevisibilidade, (des)encontros, (des)caminhos, (des)ordem e progresso (?) talvez sejam palavras que digam algo sobre o espetáculo, que apresenta, literalmente, a voz dos bailarinos-criadores Tiça Pinheiro, Lívia Espírito Santo, Rouglas Fernandes e Pedro Romero. Recorrendo mais uma vez ao artifício de colocar um microfone em cena (desta vez, quatro!), o Tuca talvez esteja querendo nos dizer que tem gente querendo ser ouvida - seja pra mandar abraços; pra dizer que vai melhorar; pra perceber o gozo da existência no toque de uma borboleta; pra se dizer a que veio e com o que veio; ou pra deixar soprar... "The answer is blowin' in the wind".
5, 6, 7, 8... Lindo!
É lindo ver os bailarinos - cada um à sua medida - colocando o pé na estrada, para o risco, para a discussão de temas que lhe parecem ser caros, ainda que para isso se revelem desconcertados, desencontrados, expostos. Lindos!
Inquestionavelmente provocativo, o espetáculo revela algo da tônica "bate depois assopra", ao discutir a voz como forma de dança (e não apenas a dança como voz), ao escancarar o adestramento a que nossos corpos dançantes se submetem no decorrer de sua formação - seja ela artística ou não.
A gente também se desconcerta, né? Órfãos irremediáveis da busca por uma logicidade dramática, assistimos à performance sempre à espera de um "desfecho" que justifique as partes, de uma linha (reta?) que costure as estradas, os pedaços, os blocos, os quadrantes. Até que, felizmente, chega uma hora em que a gente se desprende disso - talvez na hora em que tudo começa a "fazer sentido".
Começa a fazer sentido por que a gente desiste da busca pelo sentido, ou a gente desiste da busca pelo sentido por que ele começou a aparecer?
Óbvio que o que não faz sentido é essa pergunta - também adestrada pela ditadura da busca pelo sentido. Afinal de contas, no fim das contas o espetáculo acontece. Eis a palavra: acontece.
E quando acontece, é hora de ir embora. Pra Machu Picchu ou Santiago, vamos em linha reta, vamos com Deus!

Outros textos sobre o espetáculo:
Texto de Marcello Castilho Avellar
Texto do Infodança

Ficha Técnica:
Direção Geral: Marjorie Quast
Direção Coreográfica: Tuca Pinheiro
Coreografia: Tuca Pinheiro e Grupo Camaleão
Assistente de Direção: Inês Amaral
Intérpretes Criadores: Tiça Pinheiro
Lívia Espírito Santo
Rouglas Fernandes
Pedro Romero
Coordenação Técnica: Bruno Rodrigues
Projeto de Luz: Telma Fernandes
Operação de Luz: Cristiano Medeiros
Figurinos: Ananda Sette – Botões
Cenário e Adereços: Grupo Camaleão
Pesquisa da Trilha Sonora: Tuca Pinheiro
Edição da Trilha Sonora: Kiko Klaus
Projeto Gráfico: Nós 2
Imagens: ICOM Produções
Fotografia: Marisa Noronha
Assessoria de Imprensa: Fumaça Corp.
Produção Executiva: Jacqueline Castro
Produção: Camaleão Grupo de Dança

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Funarte promove eventos em Belo Horizonte para comemorar o Dia do Choro

Para marcar as comemorações do Dia do Choro, a Fundação Nacional de Artes (Funarte) oferece, entre 6 e 27 de abril de 2009, palestras e oficinas de capacitação profissional direcionadas a músicos e demais interessados. Com essa iniciativa, pretende difundir conhecimentos aprofundados sobre o gênero e promover encontros entre chorões do estado de Minas. O Dia do Choro é celebrado nacionalmente em 23 de abril, data do nascimento de Pixinguinha.
Abertas gratuitamente ao público, as palestras oferecidas pela Fundação terão como temas: A tradição do choro e como é tocado hoje (dia 6), O choro em BH - Os grupos - Onde se toca (dia 13) e Os compositores e os mestres do choro (dia 27). Na abertura do ciclo, o grupo Caixinha de Phósphoros apresentará músicas compostas por chorões nascidos ainda no Brasil Império.
As oficinas terão conteúdo prático e serão voltadas para profissionais interessados em aprimorar suas técnicas de violão, sax, flauta, cavaquinho ou percussão. Cada uma delas terá dois dias de duração, com carga horária total de oito horas. Está previsto ainda que, após o término do programa de aulas, os participantes possam se reunir na área externa da Funarte MG para uma apresentação ao público.
As inscrições para as oficinas podem ser realizadas, também de forma gratuita, pelo e-mail funartemg@funarte.gov.br ou pelo telefone 31 3213 3084.

Programação
PALESTRAS
Segundas-feiras, às 19h - Entrada franca
6/4 - A tradição do choro e como é tocado hoje
Palestrantes: Acir Antão (radialista e pesquisador de música popular brasileira) e Luiz Otávio Savassi (pesquisador de choro)
- Participação do grupo Caixinha de Phósphoros, que apresentará músicas de chorões nascidos no Brasil Império
13/4 - O choro em BH - Os grupos - Onde se toca
Palestrantes: Marcos Flávio (professor de Trombone da UFMG) e Hudson Brasil (Escola de Choro Brasil com S)
27/4 - Os compositores e os mestres do choro
Palestrantes: Sílvio Carlos e Carlos Walter (integrantes do Clube do Choro de BH)
OFICINAS
Das 14 às 18h
Inscrições gratuitas pelo e-mail funartemg@funarte.gov.br
ou pelo telefone 31 3213 3084

7 e 8/4 - Oficina 1: Violão
Com Humberto Junqueira
20 vagas
pré-requisito: instrumento próprio
14 e 15/4 - Oficina 2: Solo (sax e flauta)
Com Leonardo Barreto
20 vagas
pré-requisitos: noções básicas de leitura e instrumento próprio
16 e 17/4 - Oficina 3: Cavaquinho
Com Dudu Braga
20 vagas
pré-requisito: instrumento próprio
23 e 24/4 - Oficina 4: Percussão
Com Ramon Braga
20 vagas
pré-requisito: instrumento próprio
Funarte MG
Rua Januária, 68, Floresta
Belo Horizonte - MG

domingo, 5 de abril de 2009

forum Caixa Clara: PALAVRA E TEATRO

Abril e Maio na Caixa Clara.

Informações:
http://www.ciaclara.com.br/home.html

VII Mostra Minas

A VII Mostra Minas é organizada pelo Programa de Ensino, Pesquisa e Extensão A tela e o texto, por meio do Setor de Mostras e Estudos Audiovisuais. Ela tem como finalidades: difundir e debater a produção audiovisual mineira contemporânea; contribuir para a formação de um público interessado nessa produção; discutir as relações entre audiovisual, literatura e formação de leitores de telas e textos.

A Mostra ocorrerá nos dias 4, 5 e 6 de junho de 2009, das 19h às 22h, no Cine Humberto Mauro (Palácio das Artes). Posteriormente, será exibida em outros locais de Belo Horizonte, como Centros Culturais, Centros de Apoio Comunitário e Restaurante Popular, em datas a especificar. Somente serão aceitas as produções de autoria de realizadores mineiros ou radicados em Minas Gerais há pelo menos cinco anos. Os trabalhos poderão ser inscritos pelos próprios realizadores ou por procuradores legalmente constituídos.

As inscrições se encerram em 17 de abril de 2009.

Poderão ser inscritos, sem restrições de formato de produção, gênero ou tema, trabalhos audiovisuais nas categorias:

Ø Ficção;

Ø Documentário;

Ø Vídeo-poema;

Ø Experimental;

Ø Animação.

Para maiores informações acesse:

http://www.letras.ufmg.br/atelaeotexto/mostraseestudosaudiovisuais_eventosrealizados_mostraminas7.html

Processo judicial retira da internet as melhores páginas sobre Heidegger e Derrida.

Um portal argentino que durante os últimos dez anos catalogou e disponibilizou traduções (em espanhol) de textos de Heidegger, Derrida e Nietzsche está sendo processado pela "Camara Argentina del Libro".
Com isso, os textos dos dois primeiros autores (cuja morte ocorreu há menos de 70 anos) foram retirados do ar, e o professor responsável pelo site, Horacio Potel, está sendo processado.

Mais informações:
http://argentina.indymedia.org/news/2009/03/657193.php
http://rickyesteves.blogspot.com/2009/03/cierran-derrida-y-heidegger-en.html

Como gesto de solidariedade e também de protexto, todos os textos da "Heideggeriana" e da "jacquesderrida" (nomes dos sites) estão disponíveis via, nos links http://web.archive.org/web/*/http://www.heideggeriana.com.ar/textos/textos.htm e http://web.archive.org/web/*/http://www.jacquesderrida.com.ar/textos/textos.htm, respectivamente.

O blog Catatau fala mais sobre o assunto, bem como organiza os links para os textos:


http://catatau.blogsome.com/2009/04/01/heideggeriana-e-desativado-por-acao-judicial-2/

http://catatau.blogsome.com/2009/04/03/para-nao-perder-o-arquivo-derrida-e-algo-ainda-mais-serio/

Bom, tal qual o Catatau, sugiro que vocês também divulguem o ocorrido e, sobretudo, divulguem o acervo... Sobretudo num continente como o nosso, em que livro ainda é artigo de luxo, infelizmente!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Evoé, Baco!

Depois de 13 dias em Trancoso; de algumas breves histórias de encher o coração de saudades - saudades dos homens, das crianças, de Deus e de mim -; de experimentar o inefável mistério que pode haver em torno de luzes e objetivas; depois de uma semana repleta de pequenas mortes (ui!) neste nosso belo horizonte; depois de dias encantados; despues de la luna lunera; de corações encortiçados de vinho, samba e forró; de conversas que lacrimejaram sobre nós; depois de uma noite com luz branca e vinho tinto... estou de volta!
Estamos!!!

A Campanha e o Vac seguem, pude assistir à maioria dos espetáculos planejados - ainda faltam alguns - e o saldo é delicioso... Só confirma que estamos no caminho certo... da experimentação, do erro e do acerto, e sobretudo da persistência. Evoé Baco!
Se der tempo, quero comentar sobre um ou outro espetáculo...

Por ora, divulgo aqui dois eventos importantes para... para quem possa se interessar!
E divulgo também dois trabalhos muito fodas de amigos artistas daqui de Belo Horizonte...

FIJE:
Em março acontecerá o FIJE (Fórum Internacional de Jovens Empreendedores). O evento é enorme (irá acontecer no Expominas), que terá a participação de muita gente bacana. Farão parte da grade oficinas e palestras com grandes nomes da cultura e também de outras áreas. A maioria das palestras é gratuita - só precisa fazer a inscrição. Quem se interessar dá uma olhada no site: http://www.fije.com.br

ESCOLA AUTÔNOMA DE FERIADO:
Um evento bacana, organizado por gente bacana! Simples assim!

http://azucrina.org/eaf/


TAKUMAR:
Um curta produzido pelo Leonardo Souza, um cara foda em muitos quesitos - sobretudo o quesito "corpo alma coração". O trabalho fala por si!
Nesta semana, a propósito, o curta ganhou um prêmio na TV Brasil e agora vai ganhar o mundo. Evoé Orson Welles!!!
http://www.vimeo.com/2927193

LARISSA MATTOS:
Mineira é finalista no concurso da Orquestra do YouTube

A musicista de BH venceu uma etapa do concurso e segue agora para a etapa final do concurso do Youtube para seleção de músicos com objetivo de formar uma orquestra colaborativa online. A votação é pública. Bora votar nela?
No link abaixo se pode conhecer um pouco do trabalho dela.


Para votar, clique aqui, escolha o vídeo da Larissa na categoria Violoncelo. Quando encontrar o vídeo, clique na mãozinha do "jóia", na cor verde. Isso já é o voto. Além disso, é possível votar todos os dias!!!
Evoé Bach!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

DANÇA - VERÃO ARTE CONTEMPORÂNEA

Finalmente algumas indicações de espetáculos de dança do VAC. Infelizmente não tive tempo de recomendar o espetáculo Desenho, de Margô Assis e Ana Gastelois. O bailarino e diretor Tuca Pinheiro falou muito bem do espetáculo!
Bom, coloco então outras duas breves recomendações, nos posts que se seguem.
Vide menu ao lado!

Imagens Deslocadas

Informações: Imagens Deslocadas

O coletivo Movasse é um grupo que em muito tem contribuído para a continuidade da pesquisa em dança contemporânea em Belo Horizonte. Não apenas no que diz respeito ao trabalho do grupo, mas também à coletivização de suas experimentações com a comunidade de BH. Sediado no clube Barroca, o grupo (formado pelos bailarinos e pesquisadores em dança Carlos Arão, Andréa Anhaia, Ester França e Fábio Dornas) promoveu, em 2008, frutíferas oficinas com profissionais que muito têm para trocar e oferecer no universo do movimento. Marise Dinis, Monica Tavares e Morena Nascimento foram alguns dos nomes convidados a compartilhar com bailarinos e atores os frutos e os anseios de suas atuais pesquisas.

Paralelamente a isso, 2008 foi um ano de boas colheitas para o Movasse, que se consolidou como um importante núcleo de produção artística no Brasil. Para isso, teve de conciliar as diversas apresentações em eventos de várias cidades brasileiras com os compromissos na capital mineira. Espetáculos, intervenções, encontros e a manutenção do espaço de pesquisa foram atividades que exigiram muito dos quatro bailarinos. Felizmente, pra eles e pra gente, deu tudo certo! E que venha 2009, que só lhes apresenta boas notícias... Com uma sede maior e um novo expectador – o recém nascido filho da bailarina Andréa – o grupo promete dar continuidade à sua profícua trajetória. Imagens deslocadas é uma boa oportunidade para se conhecer parte de todo esse trabalho do grupo. Realizado por meio do Rumos Itaú Cultural de 2007, o espetáculo conta com trilha sonora de Kiko Klaus, músico de incontestável talento que também integra a programação do VAC.

Site do Movasse

Sobre o espetáculo:
Matéria no Hoje em Dia

De esconder para lembrar

Informações: De esconder para lembrar

Divertido, instigante, singelo. É lindo o trabalho da Cia Meia Ponta dedicado a crianças. Permito-me inclusive o clichê de que se trata de um espetáculo “para crianças de todas as idades”. Sem partir para o maniqueísmo ou mesmo para o didatismo tão recorrente em espetáculos destinados ao público infantil, De esconder para lembrar transita entre as linguagens da dança contemporânea, do teatro e da contação de histórias para tratar dos sonhos e dos pesadelos de cada um de nós. Simples sem ser inocente, inteligente sem ser pedante, o trabalho conquista o expectador do princípio ao fim, como se fôssemos crianças ávidas por saber o próximo evento da história, ainda que nem sempre o que nos cative seja a narrativa.
O que você quer ser quando você crescer?
Eu quero ser bailarina!

Sobre o espetáculo:

Matéria n’O Tempo
Matéria no Dança Brasil

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

BLOG ATUALIZADO - RECOMENDAÇÕES DO VERÃO ARTE CONTEMPORÂNEA

CAMPANHA DE POPULARIZAÇÃO DO TEATRO E DA DANÇA DE BH E VERÃO ARTE CONTEMPORÂNEA EDIÇÕES 2009

Coloco aqui algumas sugestões de espetáculos, dentre os que estarão em cartaz entre janeiro e março em Belo Horizonte.

Exist
em dois eventos na cidade que oferecerão ao público eventos no campo das artes cênicas, da música, cinema e moda, a preços bem acessíveis, nos meses de janeiro e fevereiro. Trata-se da 35ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança e da 3ª edição do Verão Arte Contemporânea.


Vou relacionar os espetáculos por evento (CPTD ou VAC) e por categoria (teatro/ dança) - um post por espetáculo, para o caso de alguém querer comentar algum. Vide o menu à direita!


No caso do VAC, limito-me a tratar dos espetáculos de teatro e dança, áreas que acompanho há mais tempo e julgo ter certa propriedade para falar a respeito, já que me dedico profissionalmente ao teatro e “amadoramente” à dança.

Gostaria que os motivos que eu apresento para justificar a recomendação de cada espetáculo deixem clara a minha abordagem despretensiosa e subjetiva. Coloquei aqui os argumentos que me fizeram (ou me farão) assistir aos espetáculos, o que de forma alguma garante que o espetáculo seja “bom” ou melhor do que aqueles que não foram relacionados. Vocês verão que muitos dos motivos só parecem ter valor, de fato, pra mim: “vou porque tem um amigo meu no elenco”, etc. Logo, é provável que muitos espetáculos fiquem de fora simplesmente porque eu não conheço ninguém da equipe, e não porque não valham a pena =P

Enfim, “são dicas, coisinhas”, nada além disso.
* Sou atriz – o que qualifica minhas indicações e, naturalmente, as desqualifica, também;

* Sou estudante e profissional da área de Letras (Língua portuguesa e literatura brasileira), o que traz as mesmas conseqüências do item acima;

* Não sou crítica de teatro, e não sei o que isso significa para as recomendações;

* Não gosto de besteirol, o que não significa que eles sejam uma má opção. Se eu não gosto, logo, não vou. Então não tenho nada a falar sobre nenhum dos espetáculos deste gênero.

* Gostaria que mais gente conhecesse o teatro e a dança que se pratica em Belo Horizonte, e acho que isso valida minha iniciativa.


* Se quiser comentar sobre as peças ou sugerir qualquer coisa, vai ser ótimo! Use o espaço destinado para comentários =)

OBSERVAÇÃO: BUSQUE NO MENU À DIREITA AS RECOMENDAÇÕES. ESCREVI SOBRE ESPETÁCULOS DE TEATRO ADULTO DA CAMPANHA E DE DANÇA. NÃO VOU ESCREVER SOBRE INFANTIS, NÃO TEREI TEMPO. JÁ COMECEI A COLOCAR ALGUMAS RECOMENDAÇÕES DO VAC.

TEATRO - VERÃO ARTE CONTEMPORÂNEA 2009

Comecei, no dia 16 de janeiro, a colocar algumas recomendações de peças de teatro do Verão Arte Contemporânea.
Infelizmente - e como previsto - não tive tempo de falar sobre o que pode ter de bom em cada um dos espetáculos, pois considero que todas elas têm um material muito bom a ser contemplado. Então acabei escolhendo por indicar os espetáculos sobre os quais eu tenho mais coisas a dizer, por conhecer o trabalho e/ou a equipe envolvida.
Vide, então, o menu à direita, para acessar as indicações.
Em breve, indicações de espetáculos de dança!

Na quarta (dia 15/01) aconteceu a abertura do evento, no Francisco Nunes, com o evento "Arte na Moda e Morte na Arte", idealizado pela organizadora do Festival, Ione de Medeiros. Foi bacana!

Confira:
Matéria 1 no Divirta-se (Uai)
Matéria 2 no Divirta-se (Uai)

Em tempo: vale conferir (já está rolando!) o Duelo de Mc's e a mostra Cinema Autoral, no Belas Artes.

Depois Daquela Estação

Informações: Depois Daquela Estação

Dirigido por José Walter Albinati (ator e diretor integrante do grupo Luna Lunera), o grupo Excêntrica é formado por jovens atores que escolheram estar juntos para contar, de uma maneira bastante autoral, a história de Peter Pan, sem perder de vista aquilo que os personagens da fábula de James Barrie projetam para o nosso presente. Mais que isso, a dramaturgia coletiva se ocupa também daquilo que os personagens secundários do texto original não tiveram a oportunidade de dizer. Assisti a essa peça ano passado, na estréia, e fadas sininhos andaram me contando que de lá pra cá Peter Pan não se recusou a crescer, ainda que faça jus a toda sua juventude!


Sobre o espetáculo:
Matéria n'O Tempo

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Congresso Internacional do Medo

Informações: Congresso Internacional do Medo



Indubitavelmente o nome Espanca é uma das principais razões que levam o público a querer assistir a este espetáculo. Afinal, a companhia alcançou em seus dois espetáculos anteriores – Por Elise e Amores Surdos - uma ampla aceitação junto ao público e à crítica nacional. É uma companhia nova... porque existe há pouco tempo e, sobretudo, porque trouxe algo de novo para o teatro contemporâneo brasileiro. Em ambos os espetáculos, uma dramaturgia madura, singela e ao mesmo passional conduz os atores por espaços físicos triviais – a rua, o quintal, a casa – nos quais eles revelarão a fraqueza e a força dos personagens, a simplicidade paradoxal de seus afetos, de seus desejos. Pode-se inclusive falar no esboço da construção de uma linguagem, de uma identidade artística, quem sabe.
Por sua vez, Congresso Internacional do Medo, inspirada no poema homônimo de Drummond, acerta por apostar em escolhas distintas. Aqui Grace Passô, a mesma dramaturga dos espetáculos anteriores, trata de questões que pertencem à ordem coletiva de uma forma mais explícita – a aproximação da estrutura do espetáculo com a de um congresso revelam essa perspectiva, naturalmente. A aparente dificuldade que o expectador pode sentir para entrar de fato na peça se revela, aos poucos, parte do jogo, da mesma forma que o texto supostamente distante de nosso cotidiano individual e imediato deflagra, gradativamente, sua essência subjetiva. Assim, a despeito do medo que permeia a trajetória dos personagens em cena, ousadia e disposição ao risco são expressões que tem mais a dizer sobre esse trabalho!

Sobre o espetáculo:
Matéria n'O Tempo
Matéria na Folha Online

sábado, 17 de janeiro de 2009

Próxima Edição: Espreme que sai sangue

Informações: Próxima Edição: Espreme que sai sangue

A Cia Malarrumada, oriunda do projeto Oficinão Galpão Cine Horto edições 2003 e 2004, conquistou merecidamente seu espaço no cenário teatral brasileiro por meio do espetáculo de rua Papo de Anjo. Dirigido por Chico Pelúcio e Lidia del Picchia, ambos do Grupo Galpão, Papo de Anjo levou para as ruas de inúmeras cidades brasileiras um espetáculo musical alegre, lírico, que trata da diversidade e dos sonhos humanos com muita delicadeza.

O novo espetáculo, Próxima Edição: Espreme que sai sangue, tem direção de Eduardo Moreira, também do Grupo Galpão, promete algo de interessante... abordar de forma lúdica a realidade pouco tragável das crônicas policiais. Palmas mais uma vez para a Cia, por investir mais uma vez nessa proposta que tem, infelizmente, cada vez menos adeptos, o teatro de rua.

Site da Cia Malarrumada

Sobre o espetáculo:
Blog no site do Grupo Galpão
Matéria n'O Tempo

Em tempo: aproveito o espaço para citar o blog de um ator do grupo (e querido colega de profissão), Germán Milich: A imensa minoria

Sobre Nós

Informações: Sobre Nós

É um espetáculo delicado, leve, com imbricações dramatúrgicas surpreendentes, sobretudo quando se considera a natureza improvisada da peça. Os atores – da Liga Profissional de Improvisação de Belo Horizonte, meu grupo de origem – recolhem, na entrada, histórias que o público queira contar, e delas fazem uma interessante e quase inacreditável teia dramatúrgica. Objetos, roupas inusitadas e relatos particulares dos próprios atores são inseridos neste jogo cênico de uma forma que eu considero inteligente, refinada. Sempre me emociono quando vejo o espetáculo (que ainda engatinha, foram 3 ensaios abertos no Teatro Marília e uma apresentação no Fimpro). Dando continuidade a uma pesquisa iniciada com o Match de Improvisação (formato já praticado por vários grupos do mundo), o grupo buscou aqui aprofundar as possibilidades dramatúrgicas da improvisação, a fim de perseguir de forma mais autoral a sua identidade artística. O que se vê em cena comprova que muitas escolhas foram bastante acertadas. A perspicácia dos atores se une à sensibilidade do músico Tiago Macedo e da iluminadora Milena Pitombo, que, no palco, realizam seu trabalho também ao sabor do improviso.
Faço minhas as palavras do amigo José Walter, ator e diretor da Cia Luna Lunera, a respeito do Sobre Nós: “Os atores atam e desatam nós poéticos, do drama ao humor requintado, de maneira simples, tocante e corajosa”.

Sobre o espetáculo:

Matéria n’O Tempo

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Fala Comigo Como a Chuva

Informações: Fala Comigo Como a Chuva

Quero assistir ao espetáculo para conhecer o clássico Fala comigo doce como a chuva, do americano Tennessee Willians (de Um Bonde Chamado Desejo). Um outro motivo não menos convidativo é o elenco, composto por dois importantes e talentosos atores de Belo Horizonte, Samira Ávila e Luiz Arthur. Quem já assistiu ao espetáculo afirma que foi um acertado encontro, que oferece à montagem uma interpretação visceral, forte, precisa. Pelas fotos que vi, o cenário parece ser lindo – Klimt, doce como a chuva. As assinaturas de direção, iluminação e preparação corporal também são fortes indicativos de que o trabalho deve ser visto!

Sobre o espetáculo:
Blog do Espetáculo
Matéria n'O tempo

Cortiços

Informações: Cortiços


Mais um trabalho do qual sou suspeita pra falar – e outra vez arrisco dizer que vale muito a pena assistir à montagem. Trata-se de uma adaptação livre de um clássico da literatura brasileira, O Cortiço, de Aluísio Azevedo, concebida e realizada por uma companhia de teatro, Luna Lunera, e dirigida por um coreógrafo, Tuca Pinheiro. Essa junção resultou numa proposta de linguagem e de encenação instigante, acho. Construída coletivamente, percebo que cada escolha da encenação revela muito do processo de montagem e das buscas criativas de cada ator. Sinto-me particularmente realizada nesse trabalho, o encontro com os meninos do Luna e com o diretor foi mágico, aprendi muito com o profissionalismo e a generosidade de todos eles. Já disse isso algumas vezes quando do processo de montagem, e agora, um ano após o convite para integrar o elenco da peça, repito que agradeço a deus a todo instante em que me lembro da oportunidade do encontro, da troca, do exercício da criação.

Tuca é um diretor com muita personalidade, e vejo que conseguiu mais uma vez unir sua sensibilidade artística ímpar a uma consciência política humana, cotidiana. Conduziu-nos a construção de corpos estranhos, corpos que deflagram nossas chagas, nossos vícios. E também nossa redenção.

Sou também tiete do elenco... Cláudio, Marcelo e Rômulo mostram-se aqui numa perspectiva algo diferente daquela experimentada em Aqueles Dois. Particularmente o Marcelo conseguiu conseguir uma trajetória durante o processo que se reflete claramente no resultado do seu trabalho: disciplina, consciência e vontade representam constantes que podem ser sintetizadas numa única expressão: entrega. É lindo de ver!

O cenário (Edd Andrade) e a iluminação (Felipe Cosse e Juliano Coelho) também me trazem um imensurável orgulho de integrar esse trabalho, pois são artistas que aliam a excelência técnica à disponibilidade para o diálogo.

Então, o convite está feito!


Sobre o espetáculo:
Matéria n'O Tempo

Matéria no Divirta-se (Uai)


domingo, 11 de janeiro de 2009

DANÇA - CAMPANHA DE POPULARIZAÇÃO DO TEATRO E DA DANÇA 2009

No menu ao lado direito relaciono recomendações de espetáculos de dança que integram a programação da 35ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança de Belo Horizonte.
Logo abaixo, segue-se a lista com as recomendações de peças de teatro adulto.

Beijo nos olhos... na alma... na carne...

Informações: Beijo nos olhos... na alma... na carne...

Grupo de Dança 1º Ato, Tuca Pinheiro e Nelson Rodrigues: uma tríade em que esmero técnico se une à visceralidade do movimento e das paixões humanas. O espetáculo, sucesso internacional do grupo em 99, é agora remontado para comemorar seus 20 anos. Apesar de o diretor não ter acompanhado o processo de remontagem, ainda assim considero uma boa oportunidade de conferir ou rever o trabalho!

Sobre o espetáculo:
Site do Grupo 1º Ato
Matéria no Divirta-se (Uai)

Dolores


Informações: Dolores


A Mímulus Cia de Dança é seguramente uma das companhias mais interessantes do Brasil. Consegue – como poucos, ressalte-se – transformar a dança de salão ( manifestação de caráter social e cultural) em arte. O grupo demonstra, em absolutamente todos os seus espetáculos (Bagagem, E esse alguém sabe quem, De Carne e Sonho, Do lado esquerdo de quem sobre) uma identidade expressiva digna do reconhecimento internacional que já conquistou. Tudo o que vi deles eu quis ver mais de uma vez. A dramaturgia dos espetáculos é magnífica, os corpos em cena são hipnotizantes, as coreografias se aproximam do inacreditável. O diretor e dançarino Jomar Mesquita nos apresenta sempre uma engenhosa proposta artística que bebe de várias fontes (como a dança e o teatro contemporâneos e o cinema, por exemplo) sem se distanciar da dança de salão. Como se não bastasse, a excelência técnica do elenco, aliada à sensibilidade artística de todos eles nos proporciona uma experiência ímpar, surpreendente a cada passo. Juliana Macedo, Daniel Vidal, Bruno Ferreira, Rodrigo de Castro, Welbert de Melo e Nayane Diniz são alguns dos dançarinos que nos deixam boquiabertos. Dolores, o último trabalho da Cia, leva ao palco o universo passional, lascivo e profundamente humano do cineasta Pedro Almodóvar . Com a cenografia comumente impecável de Edd Andrade, a iluminação de Rodrigo Marçal e figurino de Baby Mesquita, a Mimulus apresenta, mais uma vez, uma das atrações imperdíveis da Campanha de Popularização.


Sobre o espetáculo:

Matéria n’O Tempo


Vídeo de divulgação:



Optempo

Informações: Optempo

Infelizmente ainda não pude conferir nenhum trabalho da cia Incomodança nos palcos. De qualquer forma, o que conheço do trabalho da equipe como profissionais e amantes da dança certamente garante a excelência técnica do espetáculo. Além disso, ressalto que as poucas conversas que tive como diretor e coreógrafo, Mauro Fernandes, mostraram-me um artista consciente do que faz e do que busca em sua expressão artística.

Informações sobre o espetáculo:
Blog da Cia Incomodança

Quebranto

Informações: Quebranto


O Grupo Sarandeiros integra a (cada vez maior, felizmente) gama de artistas que representam com reconhecida qualidade a produção artística mineira – nesse caso, por meio da apropriação de manifestações de danças folclóricas brasileiras. Ao que tudo indica, Quebranto oferece ao público uma tônica diferente daquela apresentada pelo grupo nos espetáculos anteriores. Nesse trabalho, um processo criativo intermediado pela dança contemporânea provavelmente nos revelará dançarinos mais conscientes de sua expressão individual e, naturalmente, de sua expressão coletiva.


Sobre o espetáculo:

Site do Grupo Sarandeiros

Matéria n’O Tempo

Matéria no site da UFMG

Sonhos de uma noite de verão – Fragmentos Amorosos


Informações: Sonhos de uma noite de verão – Fragmentos Amorosos

Gabriel Vilela (aclamado artista teatral, diretor de espetáculos como Romeu e Julieta, do Grupo Galpão, e Salmo 91, com elenco convidado) assume a direção, a concepção, a cenografia e o figurino desse o espetáculo que é uma adaptação livre da clássica fábula de Shakespeare. É um trabalho forte e extremamente delicado no qual a Cia de Dança Palácio das Artes (de Coreografia de Cordel, Transtorna, Entremundos...), sob a coordenação de Cristina Machado, apresenta-nos um delicioso e fantástico encontro entre o teatro e a dança. Vale muito a pena conferir esse trabalho, que parece ter oferecido aos intérpretes criadores – ao longo de seus seis anos de trajetória – o espaço para a descoberta do seu mundo mágico particular.

Sobre o espetáculo:
Site do espetáculo

Tá Passando

Informações: Tá Passando

Ainda não pude ver nenhum trabalho do Grupo Camaleão (sim, eu tenho vergonha disso!). Motivos nunca faltaram, afinal é uma renomada companhia brasileira com 24 anos de trajetória, e a Marjorie (diretora) é seguramente uma das pessoas responsáveis por ter inserido Belo Horizonte no cenário da dança contemporânea mundial. Esta é uma boa oportunidade pra conferir!

Sobre o espetáculo:

Site do Grupo Camaleão

Matéria no Overmundo


 
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