quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Eventos na Praça da Estação: este Blog apoia esta causa

No dia 10 de dezembro de 2009 a prefeitura de Belo Horizonte publicou um decreto proibindo eventos de qualquer natureza na Praça da Estação, a partir de 1º de janeiro de 2010.

A justificativa, apresentada no decreto 13.798/09 (do dia 09 de dezembro), é sustentada no artigo 31 da Lei Orgânica Municipal. O documento considera a dificuldade em limitar o número de pessoas e garantir a segurança pública nos eventos na Praça e ainda a depredação do patrimônio público – verificada em decorrência da realização dos últimos eventos.

A meu ver, a medida, apesar de respaldada pela lei, foi adotada sem prévio debate com a população da cidade.

Estudantes, artistas e agentes culturais criaram este blog a fim de promover debates e manifestações que possam promover a discussão da medida e fazer com que a postura do prefeito seja reconsiderada.



Participe do Protesto “Vá de Branco” em Prol dos eventos na Praça da Estação.

Mais informações nos links:

http://wwo.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2009/08/23/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=124180/em_noticia_interna.shtml

http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/minas/prefeitura-de-bh-proibe-eventos-na-praca-da-estac-o-1.50015

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Entre Maiores Montanhas

queridos, agora ando por estas terras aqui: http://danzateatrosantiago.blogspot.com/
É só bater toc toc!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Rebelión de los Muñecos - El Capote

Acontece, entre os dias 15 de agosto e 10 de setembro, em Santiago, o encontro Rebelión de los Muñecos, no qual 5 grupos que trabalham com teatro de formas animadas apresentam espetáculos, oficinas e debates junto ao público.

Hoje assisti ao espetáculo El Capote, adaptação feita pelo grupo Los Milagros para a obra de Gogol.
O trabalho é precioso. Em uma adaptação muito bem cuidada, a obra, que mescla a linguagem do teatro de bonecos com projeção audiovisual, cria uma atmosfera envolvente, delicada, e, por que não dizer – fria, já que é esse o ingrediente chave da história do escritor russo. Num espaço em que o frio que bate à porta se confunde com a frieza dos personagens que cercam a vida do sensível Akákievitch, a precisão dos movimentos realizados pelos manipuladores se encarregam de aquecer a caixa cênica diante dos olhos dos espectadores. A voz em off dos personagens, aliada à estética algo retrô da projeção audiovisual conseguem envolver o expectador em uma outra relação tempo-espaço, a qual, justamente por lhe parecer distante, lhe toca com mais sutileza e força.
Em outras palavras, tudo é construído para que o personagem seja visto como “o outro”: um homem comum, com uma existência comum em uma repartição não menos comum. Numa rotina escassa de recursos e de desejos, o último buraco que se abre na última parte ainda inteira do seu paletó leva-lhe a uma visita ao alfaiate. Este – mais um homem comum dentre tantos outros – informa-lhe que a única possibilidade para proteger-se daquele que seria o mais frio de todos os invernos seria encomendar um novo sobretudo.
A difícil decisão por sacrificar-se a fim conseguir pagar pela nova vestimenta faz de Akákievitch um novo homem: um homem que sonha. E se um homem que sonha é um homem que tudo pode, eis o momento em que personagem e expectador finalmente se encontram: ao se olhar no espelho trajado com a tão desejada roupa, Akákievitch coloca-se de frente para a platéia, fitando a todos, como se todos fôssemos um. E desde então, nada mais delicioso que ser o próprio Akákievitch a dançar com sua nova roupa, a quase perder-se em meio às próprias risadas. Ele agora é um homem que ri. Com roupas novas, somos desde então seres que se permitem o direito ao riso.
Mas eis que chega a roda viva, a outra mão de deus, ou a mesma mão dos homens, a lembrar-nos de que muito riso é sinal de pouco siso, e a luz que iluminou a existência de Akákievitch em forma de capote é brutalmente apagada em uma praça escura.
Akákievitch, abandonado, volta a ser somente um corpo, uma imagem: a morte nos transforma em imagem aos olhos do Criador. Abandonados, e ainda mais solitários (já não temos o amigo Akákievitch com quem compartilhar o desejo de noites mais quentes), voltemos às nossas casas, a ligar nossas estufas e a dormir o sono dos incautos, para, amanhã, cumprirmos com mais um dia comum.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Festival de Cenas Curtas Galpão Cine Horto

O Festival de Cenas Curtas Galpão Cine Horto é uma iniciativa ímpar e de grande êxito.
Tem sido o pontapé inicial para montagens de grande êxito no cenário teatral bh-minas-brasil. Como não citar a força doce de Por Elise, do Espanca... ou a sutileza de Para se morrer no meio fio, (meninos, voltem!). Só da última edição, por exemplo, surgiram os trabalhos Com uma Flor e um Cachorro, É só uma formalidade e também Av. Pindorama 171, escolhido pela comissão para, com o apoio institucional do Galpão Cine Horto, dar continuidade ao seu processo de investigação/criação a fim de se formatar como um espetáculo de duração "convencional", digamos.
Para além disso, em dez anos de existência, reafirma-se como um espaço fértil à investigação e à experimentação criativa. Os dados no blog comprovam: o longo dessa década de atividades, já foram mais de 150 cenas apresentadas, entre 1.000 inscrições de 12 estados do país.

Segue a programação deste ano:

Quinta a sábado, 21h Domingo, 19h
PREÇOS POPULARES

18 JUN | Quinta-feira

Boxe com palhaçada (Intercâmbio Manaus)
Direção coletiva | Manaus/AM

Malevolência
Direção Jonnatha Horta Fortes | BH/MG

5 cabeças a espera de um trem
Direção Byron O’Neill e Alexandre Cioletti | BH/MG

O caminho do cemitério
Direção coletiva | BH/MG

Para aqueles que lavaram as mãos
Direção Renato Bolelli Rebouças | SP/SP

19 JUN | Sexta-feira

Caixinha de lembranças
Direção Tião Vieira | BH/MG

Francisca
Direção Diego Molina | RJ/RJ

Corpo fechado
Direção Ricardo Gomes | BH/MG

Eu me vendo por muito menos do que você paga
Direção Conjunto Vazio | BH/MG

20 JUN | Sábado

Boxe com palhaçada (Intercâmbio Manaus)
Direção coletiva | Manaus/AM

Todos os Animais são iguais, mas alguns Animais são mais iguais que outros
Direção Luiz Carlos Garrocho | BH/MG

Dia de prova
Direção Mauro Zanatta | Curitiba/PR

A Mudança
Direção Francis Severino | BH/MG

Primavera
Direção Didi Peres | Ipatinga/MG

21 JUN | Domingo

Quando a energia acaba
Direção coletiva | BH/MG

O beijo
Direção coletiva | Curitiba/PR

Da solidão que há em nós
Direção João Filho | BH/MG

O sequestro...
Direção Yoshi Aguiar | Salvador/BA

O DIA SEGUINTE...

Participe do bate-papo com os artistas e convidados sobre as cenas apresentadas na noite anterior.
Dias 19, 20 e 21 JUN, sexta, sábado e domingo, de 15h às 17h.
Dia 22 JUN, segunda-feira, de 19h às 21h.
Na Sala de Cinema do Galpão Cine Horto.
ENTRADA FRANCA

BAR DO CENAS CURTAS
18 a 20 JUN | Quinta a Sábado, de 23h às 2h
ENTRADA FRANCA

FESTA DE ANIVERSÁRIO
21 JUN | Domingo, a partir de 21h
No Galpão Cine Horto
Ingressos: R$10

TEMPORADA DAS MAIS VOTADAS
De 25 a 28 JUN 2009
Programação disponível, a partir do dia 22 de junho, no site do Galpão Cine Horto.
PREÇOS POPULARES

Galpão Cine Horto
Rua Pitangui, 3.613 - Horto
INFO: (31) 3481-5580

Instituto Cervantes de BH convida para Mostra de Cinema

Clique na imagem para visualizar a programação.
ERRATA: A data da mostra foi alterada para os dias 17 e 19 de junho.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Aissh....
Depois de um mega tempo sem postar nada, escrevo um texto e.. perco =SSS

Desde Santiago de Chile, tenho muitos temas sobre os quais escrever:
Ramon Griffero - Colectivo de Danza La Vitrina - Teatro La Memoria - Espazo Nimiku - Augusto Boal - Pina Bausch - Dança Teatro - Danza Teatro - já tenho cama colchão e escrivaninha (yes!) - está quase pronta a casa de chá - etc - etc - etc.

Ou seja... Por ora, só promessas.

E, ainda por ora, e super importante:


Mais informações no Blog do Sérgio Amadeu

[esta postagem tem como fonte o Blog O Biscoito Fino e a Massa]

domingo, 19 de abril de 2009

I Mostra Mineira de Teatro do Oprimido

Imperdível!!!





Cenas de Teatro-Fórum e Teatro-Legislativo, apresentações Musicais,

Exposição da Estética do Oprimido, Lançamento da Revista METAXIS

Dias 24 e 25 de Abril / 2009

no Centro Cultural UFMG

(Av. Santos Dumont, 174 – Centro)

Entrada Franca

Informações: 3072-7944 / 9243-0758 (c/ Nuno)

9815-6964 (c/ Meire) ou toe...@gmail.com

Release:

O Teatro do Oprimido (T.O.) é criação do brasileiro Augusto Boal (indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2008, e eleito Embaixador Mundial do Teatro, pela Unesco, em 2009). Trata-se de uma Metodologia Estética, hoje praticada em mais de 70 países, que visa democratizar o acesso à produção cultural e, assim, dar vez e voz aos oprimidos para que possam lutar pelos seus direitos através da arte e do diálogo.

A I Mostra Mineira de Teatro do Oprimido é resultado final do projeto Teatro do Oprimido de Ponto a Ponto, que em parceria com o Ministério da Cultura – através do programa Cultura Viva – desde 2007 está difundindo o T.O. em 16 estados Brasileiros e em 2 países Africanos. O projeto formou multiplicadores de Teatro do Oprimido, que repassaram a metodologia em seus grupos locais, que por sua vez criaram cenas de Teatro-Fórum e produziram peças artísticas (pinturas, poesias, músicas, etc) através da “Estética do Oprimido”. (saiba mais: www.ctorio.org.br )

Programação:

Sexta-feira (24/4) 19h às 22h

Show Musical / Sessão de Teatro Legislativo /

Coquetel de Lançamento da Revista METAXIS /

Abertura da Exposição “A Estética do Oprimido”

Sábado (25) 19h às 22h

Show Musical / 2 Sessões de Teatro-Fórum /

Confraternização de Encerramento

Obs.: A exposição “ A Estética do Oprimido” ficará aberta de 24/04 a 21/05

Conexão Vivo


Super recomendo a Conexão Vivo edição 2009, que acontece entre os dias 17 e 26 de abril.
Confira a programação (shows, espetáculos performáticos e oficinas) no site do evento.
Chacal, Lirinha, Zé da Guiomar, Sandália de Prata, Kiko Klaus, Naná Vasconcelos, Falcatrua, John Ulhoa, Marina Machado, Samuel Rosa, Arrigo Barnabé, Flávio Venturini, Patrícia Ahmaral, Pedro Morais, Moska, Déa Trancoso, Flávio Henrique, Artur Andrés, Dudu Nicácio, Mestre Jonas e Riachão são alguns dos nomes que motram que tem muita coisa boa pra ver e ouvir!

de Peixes e Pássaros


A Cia Suspensa apresenta, nos dias 18/19 e 25/26 de abril seu novo espetáculo, dirigido por Tarcísio Ramos Homem e inspirado no universo dos quadros do artista surrealista Marc Chagall.

Vamos?

Serviço:
18 e 19 e 25 e 26 de abril, sábado e domingo, às 20 horas, no espaço cultural 104 (Praça Rui Barbosa, em frente à Praça da Estação, Centro).
Capacidade: 300 lugares.
Ingressos: R$ 12 e R$ 6.
Mais informações: (31) 3226.4698 / (31) 8634.6046


Sobre o espetáculo:
Matéria no Estado de Minas (Portal Uai)

sábado, 18 de abril de 2009

On the road...

How many roads must a man walk down
Before you call him a man?
Yes, 'n' how many seas must a white dove sail
Before she sleeps in the sand?
Yes, 'n' how many times must the cannon balls fly
Before they're forever banned?
The answer, my friend, is blowin' in the wind,
The answer is blowin' in the wind.

How many years can a mountain exist
Before it's washed to the sea?
Yes, 'n' how many years can some people exist
Before they're allowed to be free?
Yes, 'n' how many times can a man turn his head,
Pretending he just doesn't see?
The answer, my friend, is blowin' in the wind,
The answer is blowin' in the wind.

How many times must a man look up
Before he can see the sky?
Yes, 'n' how many ears must one man have
Before he can hear people cry?
Yes, 'n' how many deaths will it take till he knows
That too many people have died?
The answer, my friend, is blowin' in the wind,
The answer is blowin' in the wind.


Na estrada há 25 anos, o Grupo Camaleão estreou nessa semana o espetáculo "CONTINUE RETO, SEMPRE EM LINHA RETA! E VAI COM DEUS...". Com direção geral de Marjorie Quast e coreógrafa de Tuca Pinheiro, "Continue reto..." me pareceu ousado, complexo. E também delicado, humano - como o que geralmente se percebe nas criações do Tuca.
Fé, perseverança, imprevisibilidade, (des)encontros, (des)caminhos, (des)ordem e progresso (?) talvez sejam palavras que digam algo sobre o espetáculo, que apresenta, literalmente, a voz dos bailarinos-criadores Tiça Pinheiro, Lívia Espírito Santo, Rouglas Fernandes e Pedro Romero. Recorrendo mais uma vez ao artifício de colocar um microfone em cena (desta vez, quatro!), o Tuca talvez esteja querendo nos dizer que tem gente querendo ser ouvida - seja pra mandar abraços; pra dizer que vai melhorar; pra perceber o gozo da existência no toque de uma borboleta; pra se dizer a que veio e com o que veio; ou pra deixar soprar... "The answer is blowin' in the wind".
5, 6, 7, 8... Lindo!
É lindo ver os bailarinos - cada um à sua medida - colocando o pé na estrada, para o risco, para a discussão de temas que lhe parecem ser caros, ainda que para isso se revelem desconcertados, desencontrados, expostos. Lindos!
Inquestionavelmente provocativo, o espetáculo revela algo da tônica "bate depois assopra", ao discutir a voz como forma de dança (e não apenas a dança como voz), ao escancarar o adestramento a que nossos corpos dançantes se submetem no decorrer de sua formação - seja ela artística ou não.
A gente também se desconcerta, né? Órfãos irremediáveis da busca por uma logicidade dramática, assistimos à performance sempre à espera de um "desfecho" que justifique as partes, de uma linha (reta?) que costure as estradas, os pedaços, os blocos, os quadrantes. Até que, felizmente, chega uma hora em que a gente se desprende disso - talvez na hora em que tudo começa a "fazer sentido".
Começa a fazer sentido por que a gente desiste da busca pelo sentido, ou a gente desiste da busca pelo sentido por que ele começou a aparecer?
Óbvio que o que não faz sentido é essa pergunta - também adestrada pela ditadura da busca pelo sentido. Afinal de contas, no fim das contas o espetáculo acontece. Eis a palavra: acontece.
E quando acontece, é hora de ir embora. Pra Machu Picchu ou Santiago, vamos em linha reta, vamos com Deus!

Outros textos sobre o espetáculo:
Texto de Marcello Castilho Avellar
Texto do Infodança

Ficha Técnica:
Direção Geral: Marjorie Quast
Direção Coreográfica: Tuca Pinheiro
Coreografia: Tuca Pinheiro e Grupo Camaleão
Assistente de Direção: Inês Amaral
Intérpretes Criadores: Tiça Pinheiro
Lívia Espírito Santo
Rouglas Fernandes
Pedro Romero
Coordenação Técnica: Bruno Rodrigues
Projeto de Luz: Telma Fernandes
Operação de Luz: Cristiano Medeiros
Figurinos: Ananda Sette – Botões
Cenário e Adereços: Grupo Camaleão
Pesquisa da Trilha Sonora: Tuca Pinheiro
Edição da Trilha Sonora: Kiko Klaus
Projeto Gráfico: Nós 2
Imagens: ICOM Produções
Fotografia: Marisa Noronha
Assessoria de Imprensa: Fumaça Corp.
Produção Executiva: Jacqueline Castro
Produção: Camaleão Grupo de Dança
 
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